quarta-feira, 3 de março de 2010

VOISIN C28 Aerosport





Este Voisin tem motor Knight, 6 cilindros, 3,3L, 110 Cv, dois carburadores, motor sem válvulas, são camisas móveis, atingia 140 Km/h velocidade ótima para a época. Vale a pena pesquisar a história desta empresa, este da foto foi premiado em Pebble Beach.

15 comentários:

Vicente disse...

O falecido empresário Roberto Marinho (Rede Globo) teve um Voisin e com tal carro chegou a participar de algumas provas no Rio de Janeiro no início dos anos 30.

Luís Augusto disse...

Belo carro. Não sabia que o motor Knight sem válvulas foi usado pelos franceses. Ficaram famosos nos Daimler.

Ron Groo disse...

O legal é que ele tem pouca coisa no painel... Deve ser facinho de controlar...

M disse...

Coisa horrorosa !
Só mesmo francês prá fazer um troço destes...

Tohmé disse...

Pebble Beach. Lugas das coisas mais interessantes e estranhas, graças às empresas de "carrozerie"

roberto zullino disse...

Voisin sem a hélice na parte de cima do radiador não é Voisin.
Mais feio que encoxar a mãe no tanque.
Esse motor de camisas deslizantes só foi usado com relativo sucesso nos aviões de caça ingleses da segunda guerra, o Typhoon e o Tempest. É um sistema complicado, gasta óleo e foi abandonado.
Ainda bem que a Voisin acabou. Foi uma fábrica de porcarias caras para milionários trouxas, esses carros quebram parados.

Luís Augusto disse...

Eu até que gostei do carro. Exótico, como foram os 30's.
Também não sabia que o motor do Tempest era sem válvulas. Sou fã dos Tempest desde que li O Grande Circo do Pierre Closterman há década atrás. Fiquei com vontade de reler.

Vicente disse...

Off-topic.

O Voisin com que Roberto Marinho participou de algumas provas aqui no Rio de Janeiro era de outro modelo, com o qual ele foi vencedor de uma prova de subida de montanha.

http://www.luik.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=35:temporada-de-1935-i&catid=5:corridas&Itemid=15

Como particularidade do carro que pertenceu a Roberto Marinho, o fato de possuir 2 radiadores laterais, como pode ser visto nas imagens do texto abaixo:

http://pagesperso-orange.fr/automobiles-voisin/C_22_bresil.html

Francisco J.Pellegrino disse...

Vicente, grato pela contribuição neste post, muito boa a história do carro do Roberto Marinho e o seu recorde de velocidade para viaturas turismo.São máquinas dos anos 30 que merecem esta nossa lembrança.

Vicente disse...

Chico,

O bom desses papos de blog é que num mesmo post um assunto puxa outro, como conversa de botequim. Pois bem, vamos agora costurar um enredo interessante, que pode gerar outros posts:

1) Roberto Marinho teve um Voisin.

2) A familia Marinho fazia manutenção dos seus carros na Oficina Motorfix, no bairro de Botafogo, de propriedade de João Luis Woerdenbag, pai do roqueiro João Luis Woerdenbag Filho, mais conhecido como Lobão.

3) João Luis tinha um irmão, Tomás Woerdenbag, dono da oficina Woerdenbag Motors, antigamente instalada no Centro-RJ. Costumavam utilizar os serviços desta famosa oficina, dentre outros, o cantor Roberto Carlos, o empresário João Flavio Lemos de Moraes, que no final dos anos 70 encomendou a construção de uma réplica de um Clenet, a partir de um Landau 0 km, etc.

4) Na Woerdenbag Motors, quando ainda sob a direção de João Geraldo Woerdenbag, pai de João Luis e Tomás, foi construído o monoposto com motor Studebaker President (8 cilindros em linha) com que Rubens Abrunhosa venceu uma das edições do Circuito da Gávea (III Gávea Nacional).

Nota: este motor é hoje de propriedade do Veteran Car Club do Brasil - RJ

5) Pai (João Geraldo) e filhos (João Luis e Tomás) sempre tiveram ligações com o automobilismo de competição aqui no Rio de Janeiro. João Geraldo construiu o monoposto que deu a vitória a Abrunhosa na Gávea, João Luis preparou carros para diversos pilotos cariocas nos anos 60 e 70, assim como Tomás, cujo último carro de corridas que preparou foi o Avallone-Chrysler que pertenceu a Marcelo de Paoli (ex-Lola T70), carro este depois vendido a Chiquinho Lameirão.

Francisco J.Pellegrino disse...

Vicente, aquela Lola laranja da Brahma que ví correndo em Sampa...coisa linda.

Vicente disse...

Papo de botequim, já fugimos totalmente da marca Voisin....

Sim, Chicão, os irmãos Marcelo e Marcio de Paoli, que começaram correndo de Gordini, depois importaram a Lola T-70 MkIII, que foi vendida ao Norman Casari (Equipe Brahma) e pintada de laranja. Depois de um tempo sem correr, Marcelo de Paoli comprou um Avallone-Chrysler com o qual fez poucas corridas. O carro estava parado na oficina do Tomás Woerdenbag (Woerdenbag Motors) e foi adquirido por Chiquinho Lameirão, que apenas repintou o carro, acelerou, e obteve ótimos resultados. Prova de que além do grande piloto que Lameirão sempre foi, o carro foi muito bem preparado pelo Tomás.
Tomás já faleceu e a Woerdenbag Motors mudou-se para a Rua Bonfim, no bairro de São Cristóvão, dirigida por seu filho, João Tomás.

Vicente disse...

A fábrica de aviões e carros luxuosos de Gabriel Voisin fechou as portas nos anos 30. Seu principal projetista, André Lefèbvre, foi recomendado a Louis Renault e finalmente foi trabalhar na Citroen, onde projetou o Traction Avant, o 2CV e o DS. Vide http://en.wikipedia.org/wiki/Avions_Voisin

Durante a Segunda Guerra, Voisin projetou um carro minimalista, o Biscooter, que foi produzido na Espanha com o nome de Biscúter. Vide http://en.wikipedia.org/wiki/Biscúter

MoVilla disse...

Negócio é o seguinte:

Há de se tirar o chapéu pro Vicente

Vicente disse...

MoVilla,

Obrigado por suas palavras mas sem essa de tirar chapéu. O conhecimehto de tudo na vida é uma troca de experiências e compartilhamento do conhecimento propriamente dito.

Tenho 56 anos. Imagine que a primeira vez que ouvi falar sobre Voisin foi nos anos 60, eu ainda era criança, e minha avó, atenta ao meu interesse em carros e corridas de automóveis, certa vez me falou do Roberto Marinho e seu Voisin nos anos 30. Se minha avó nunca tivesse falado, eu jamais me interessaria em saber alguma coisa sobre Voisin, uma marca praticamente desconhecida no Brasil. Também foi através de minha avó, que residia (minha mãe ainda reside) próximo ao Palácio do Catete, que ouvi falar sobre os carros LaSalle, "primos" dos Cadillac, somente porque Dona Darcy Vargas usava um desses carros. Getulio usava o Lincoln K.

Até poucos anos atrás ainda estavam abandonados no Palácio do Catete o Cadillac 1956 utilizado pelo Juscelino e o Lincoln Cosmopolitan 1949/1950 usado pelo Gregorio Fortunato, o "Anjo Negro", chefe da guarda pessoal do Getulio.

Já meu pai falava sobre as corridas da Gávea, sobre os Fords adaptados para competição, e carros de marcas pouco conhecidas como Hupmobile e Locomobile. Mas isso é outro assunto.